quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Brasil: Ciência avança em estudos para reforçar luta contra a dengue


A luta contra a dengue tem muitas frentes. Começa nas casas e nas ruas, passa pelos hospitais e se trava cada vez mais nos laboratórios. Cinco pesquisas que estão sendo feitas no Brasil e no exterior para mostrar os avanços que a ciência tem conquistado neste sentido.

A bactéria que ajuda
Um estudo da universidade australiana de Queensland, com a participação do brasileiro Luciano Moreira (Fundação Oswaldo Cruz / Minas), usa como arma uma bactéria. A Wolbachia está presente em 60% dos insetos, mas não se tem notícia dela em mosquitos da espécieAedes aegypti na natureza.
Os pesquisadores infectaram o mosquito com esta bactéria e conseguiram um efeito surpreendente. Os espécimes infectados se tornaram imunes ao vírus da dengue. Ou seja, estes mosquitos simplesmente não transmitiriam a doença. Os cientistas não sabem explicar ao certo porque isto acontece, uma hipótese é que a bactéria seja mais forte na luta pelos nutrientes que estão dentro das células do inseto.
Outra característica importante da Wolbachia é que ela se perpetua de geração para geração. Um a fêmea infectada com a bactéria a passará para seus filhos. Por isto, a ideia dos pesquisadores é infectar fêmeas com a bactéria e soltá-las na natureza.
A hipótese é de que, em longo prazo, todos os Aedes aegypti se infectem. Se isto vier a acontecer, o mosquito deixará de ser um vetor para o vírus e não mais transmitirá a dengue. O plano deve ser posto em prática ainda em 2011 na Austrália.

Genética
No Imperial College London, da Inglaterra, pesquisadores apostam na genética para controlar as populações do mosquito transmissor. Um estudo teórico neste sentido foi divulgado no início de fevereiro deste ano pela publicação científica “Genetics”.
Eles criaram um modelo segundo o qual seria possível espalhar toxinas entre os Aedes aegyptisem o uso de pesticidas. Com alterações genéticas, seria possível colocar uma toxina no sêmen do mosquito, de forma que ele ou mate a fêmea ou a deixe infértil.
Este estudo não saiu do campo teórico. Os geneticistas propuseram o modelo por meio de equações matemáticas. De toda forma, há recursos para que ele seja posto em prática pela biologia molecular.
Uma preocupação da comunidade científica quanto à ideia é proteger a espécie. Reduzir as populações em pontos onde a dengue é um problema é um objetivo desejável. No entanto Mark Johnson, editor-chefe da “Genetics” lembra que “mosquitos têm uma função num ecossistema maior e erradicá-los completamente pode ter consequências inesperadas".

Má notícia
Marylene de Brito Arduino, pesquisadora científica da Superintendência do Controle de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (Sucen-SP), descobriu que a larva do Aedes aegyptiestá ficando mais resistente. Em sua pesquisa de doutorado, analisou os criadouros na cidade de São Sebastião, litoral norte de São Paulo.
Pela primeira vez, houve registro de reprodução dos mosquitos em água salina, ou seja, com resíduos de sal. A concentração máxima de salinidade na qual eles se reproduziram foi de 13,5%. Não é uma concentração tão alta. Por isto, colocar sal na água para matar as larvas ainda deve ser considerado um meio de matar as larvas.
De toda forma, a descoberta é um claro indício de que o mosquito está ficando mais tolerante, se aclimatando bem às condições oferecidas pelos humanos. Foram encontradas larvas vivas também em recipientes com produtos químicos e ferrugem.
Não se pode chamar este processo de evolução, pois não se trata de nenhuma mutação. O mosquito continua se reproduzindo normalmente em água limpa e parada.

Vacinação
O Instituto Butantan, em São Paulo, é um dos que investem nesta área. Há uma parceria com o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos na produção do medicamento.
No Brasil, esta pesquisa já foi testada em camundongos e macacos e, até o momento, tem se mostrado segura e eficiente. Alexander Precioso, diretor de testes clínicos do instituto, está agora providenciando as condições para que comece a fase de testes em humanos. Nos EUA, estes testes já começaram.
É importante ressaltar que há várias pesquisas correndo em paralelo na busca pela vacina. Mundo afora, há empresas particulares – e concorrentes entre si – investindo dinheiro em pesquisas.

Engenharia
Nem só de ciências biológicas vive a luta contra a dengue. Adilson Elias Xavier, professor da pós-graduação da engenharia na UFRJ, usou a matemática aplicada para ajudar os agentes sanitários. Ele é um dos mentores do Webdengue, um projeto que ajuda na logística e na otimização dos recursos da saúde pública.
Com mapas urbanos, banco de dados integrados e computadores portáteis (palmtops) distribuídos entre os agentes, é possível organizar melhor o combate. Os focos já visitados ficam marcados no mapa e fica mais fácil visualizar os caminhos que devem ser traçados. Além disto, o sistema integrado ajuda com que os agentes se juntem rapidamente se preciso.
O sistema já foi utilizado com sucesso em Fortaleza e está pronto para ser aplicado também no Rio de Janeiro.

BLOG DO HRBA com informações do G1
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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Santarém: Hospital Regional anuncia avanços na Saúde da Região Oeste do Pará

Na tarde da última quarta-feira (09), o Diretor Geral do Hospital Regional do Baixo Amazonas do Pará, Hebert Moreschi, recebeu a imprensa santarena em entrevista coletiva para falar sobre os avanços que vem ocorrendo no HRBA e dos novos projetos para 2011, destacando-se a disponibilização do Serviço de Transplantes de Órgãos (iniciando pelo transplante renal) e a implantação da Residência Médica para os alunos de medicina que serão formados em 2012 pela Universidade do Estado do Pará (UEPA) – Campus Santarém.



Acompanhado pelo Coordenador da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital Regional de Santarém, Dr. Emanuel Espósito, e do Presidente da Associação dos Renais Crônicos do Oeste do Pará, Sr. Miguel da Conceição Maciel, Hebert Moreschi anunciou que em março o HRBA receberá uma a Coordenação de Transplantes da Secretaria de Estado de Saúde Pública (SESPA) para avaliar a estrutura física, equipamentos e necessidade de profissionais, como também verificar as necessidades de novos investimentos para a viabilização do serviço.
Dr. Emanuel ressaltou que já participou de um treinamento no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para capacitação no  diagnóstico de morte encefálica de pacientes, primeiro passo para o Transplante Renal em “doador falecido”.
Caso seja identificado um possível doador de órgãos em Santarém, uma equipe vem de Belém para fazer a captação dos órgãos.
“Os profissionais do Hospital Regional são competentes e especializados. Hoje já realizamos o diagnóstico de morte encefálica, mas para realizar o primeiro transplante em Santarém, é necessário investimento em treinamento e a complementação de profissionais com a estrutura já existente em Belém, além de investimentos da SESPA em alguns equipamentos específicos para o HRBA”, destaca Emanuel.
         Para o Presidente da Associação dos Renais Crônicos do Oeste do Pará, Miguel Maciel, os pacientes em tratamento, que hoje são 60 no Hospital Municipal de Santarém, tendo 20 pessoas na fila de espera e mais 72 sendo atendidos no Hospital Regional, com 10 em espera, serão os principais beneficiados. “Nossas vidas estão ligadas a uma máquina e o transplante é a única solução para quem sofre de insuficiência renal. A fila para um transplante é muito grande, mas temos a certeza que muito em breve teremos o Hospital Regional salvando muito mais vidas”, destaca Miguel.



Residência Médica
         Também estão em andamento as negociações entre o Governo do Estado do Pará (SESPA), UEPA e a Pró-Saúde/ Hospital Regional do Baixo Amazonas para a implantação da Residência Médica no HRBA. Essa parceria também poderá contar com a participação de outras entidades de reconhecimento nacional, como por exemplo, a Universidade de São Paulo (USP), assessorando na estruturação da Residência Médica e fornecendo médicos-professores, com o objetivo de oferecer aos futuros médicos formados na UEPA, Campus Santarém, a oportunidade de fazer a especialização no Hospital Regional.
         “No passado os médicos recém formados tinham que buscar sua especialização em outros centros e muitas vezes recebiam propostas de trabalho e acabavam não voltando para sua cidade de origem. Em 2012, teremos a primeira turma de medicina formada em Santarém. Os alunos já fazem seus estágios conosco e com o Hospital Regional oferecendo Residência Médica, os municípios de nossa região poderão absorver esses profissionais e quem ganha com isso é toda População Oeste do Pará”, afirma Hebert Moreschi.

Benefícios
         “Dentre todos os usuários atendidos pelo Hospital Regional, os renais crônicos representam um dos grupos mais complexos tanto para pacientes quanto seus familiares, pois suas vidas são vinculadas e dependentes de uma máquina durante quatro horas por dia, em três dias por semana. O transplante renal é uma alternativa que permite ao renal crônico ter uma rotina próxima a normalidade, conseguindo, acima de tudo, liberdade e qualidade de vida.
         Tornar o HRBA um Hospital Universitário representa o atendimento de uma das principais carências de nossa região, que é a falta de profissionais médicos em número suficiente para atuarem nos 19 municípios assistidos pelo Hospital Regional, que juntos representam cerca de 1 milhão de habitantes.
         “Considero que estamos vivendo um momento histórico para o Baixo Amazonas, pois com essas estratégias estaremos trabalhando questões importantíssimas para consolidarmos uma saúde acessível, segura e resolutiva para toda a População do Oeste do Pará”, ressalta o Diretor Geral do HRBA.



Assessoria de Comunicação
Hospital Regional do Baixo Amazonas do Pará – Pró-Saúde

Mundo: Cientistas criam vasos sanguíneos em laboratório


Pesquisadores norte-americanos criaram vasos sanguíneos em laboratório para utilização em cirurgias de ponte de safena e para o aceso vascular na hemodiálise. A pesquisa feita por cientistas da Universidade de Duke, na Carolina do Norte, e da Universidade de Yale, foi publicada na revista Science Translational Medicine na quarta-feira (2).
As veias são geradas pelo cultivo de células humanas em um biorreator que forma um tecido espesso. As células, então, são retiradas do tecido, e as veias feitas podem ser armazenadas por até 12 meses em refrigeração até a necessidade do paciente.
Diante dessa tecnologia, os pesquisadores desenvolveram veias com diâmetro maior, para acesso vascular em casos de hemodiálise renal, e menor, para uso em cirurgia.
As veias foram testadas em babuínos e cães e funcionaram por seis meses, sem rejeição. Elas também puderam ser armazenadas em solução salina por até um ano, sugerindo que os cirurgiões um dia poderão arrancar uma veia "da prateleira" para uso em um paciente doente, disse o estudo.
Os ensaios clínicos em humanos devem começar em breve, de acordo com Shannon Dahl, porta-voz da Humacyte, empresa de medicina regenerativa com base na Carolina do Norte, que também contribuiu para o estudo e financiou a pesquisa.

BLOG DO HRBA com informações de R7
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Mundo: Pesquisa acompanha evolução de leucemia com 'regressão' de células


Células doentes da medula óssea foram levadas a um estágio embrionário. A partir daí, o crescimento do câncer pode ser estudado em laboratório.

Um estudo da Unversidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, criou um modelo, com placas de laboratório, para observar como células do tecido sanguineo podem desenvolver leucemia. O segredo é a "regressão" das células cancerígenas adultas a um estágio embrionário, com um técnica conhecida como células-tronco pluripotentes induzidas (iPS, na sigla em inglês). O estudo foi divulgado na publicação científica "Blood" na última sexta-feira (4).
Segundo os autores da pesquisa, é a primeira reprogramação de células sanguíneas obtidas a partir de um paciente com leucemia. Com a técnica, os pesquisadores, liderados por Igor Slukvin, conseguiram transformar células doentes em estruturas pluripotentes, que podem gerar qualquer tipo de tecido.
A paciente tinha um tipo de leucemia conhecida como mieloide crônica, responsável pela morte de 1.500 pessoas por ano nos Estados Unidos. Como qualquer tipo de leucemia, a doença tem origem na região da medula óssea responsável pela produção de glóbulos brancos, estruturas responsáveis pela defesa do organismo.
Trata-se de um novo modelo para o estudo de células cancerígenas, de acordo com a equipe de Slukvin. Outra virtude do trabalho é a manipulação de células da medula óssea e do cordão umbilical para obter células-tronco induzidas. Normalmente, o material escolhido para a reprogramação são células adultas da pele.
Slukvin explica que as células induzidas a um estágio embrionário também possuiam as mesmas alterações genéticas das células cancerígenas adultas, o que permitiu aos cientistas a reprodução da doença em placas de laboratório, o que permite o acompanhamento detalhado do avanço da patologia.
O próximo passo é saber identificar novas formas de tratamento como, por exemplo, a eliminação de genes responsáveis por desencadear a multiplicação exagerada de células.
A pesquisa foi financiada pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês), agência federal de pesquisa médica nos Estados Unidos, e pela Fundação Charlotte Geyer.

BLOG DO HRBA com informações de G1, em São Paulo 
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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Brasil: Piauí será o primeiro estado com cartão SUS


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse no último sábado (05) que será implantado neste semestre o cartão Sistema Único de Saúde (SUS), contendo informações pessoais dos pacientes. O cartão, segundo ele, permitirá que o estado que atender o paciente possa receber uma restituição dos gastos pelos estados de origem das pessoas internadas. O cartão também visa fazer o controle do atendimento de pacientes, com objetivo de reduzir as fraudes e os desvios de recursos destinados ao SUS.
O ministro anunciou ter acertado com o governador do Piauí, Wilson Martins (PSB), que o cartão SUS será implantado inicialmente no Piauí e em sua capital, Teresina, que recebe, nos hospitais públicos, pacientes de Maranhão, Pará, Tocantins, Ceará e até do Suriname.
Segundo Padilha cada brasileiro terá um cartão SUS, que será chamado de Cartão Nacional de Saúde e terá um número para atendimentos ambulatoriais, consultas e internações. Para ele, a grande vantagem é que o cartão SUS permitirá que as cidades que atenderem mais pacientes de outros estados recebam a compensação financeira. Ainda no primeiro semestre, os cartões do SUS começarão a ser distribuídos em todo o país.
A aprovação do Piauí como o primeiro estado a ter o cartão SUS foi decidida depois de discurso do governador, que cobrou mais recursos de financiamento para o sistema público de saúde.

BLOG DO HRBA com informações de Saúde Business Web
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Brasil: ANS esclarece norma para ressarcimento do SUS


A Agência Nacional de Saúde Suplementar divulgou esclarecimento sobre políticas de ressarcimento ao Sistema Único de Saúde (SUS) em virtude de recentes notícias veiculadas em alguns canais de imprensa.
Confira parecer:
No final de novembro de 2009, os atuais gestores responsáveis pelo Ressarcimentoao SUS tomaram posse. De imediato, foi realizado um levantamento das pendências existentes, do fluxo operacional do ressarcimento ao SUS, dos recursos logísticos, humanos e tecnológicos existentes. Tomou-se conhecimento, também, da existência de um Acórdão contendo determinações do Tribunal de Contas da União (TCU), fruto de trabalho realizado por esse órgão de controle em 25 de março de 2009.
O diagnóstico inicial foi apresentado à diretoria colegiada da ANS, 15 dias após a posse e, ainda em dezembro de 2009, ao Ministério da Saúde e ao TCU. As providências a serem então tomadas, fruto do envolvimento de diversas diretorias e áreas da Agência, também foram apresentadas e aprovadas em reunião de diretoria colegiada, em 14 de dezembro de 2009 e envolveram ações e aprovações do Ministério da Saúde, Datasus e Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
O diagnóstico inicial e as medidas a serem adotadas foram apresentados em 18 de março de 2010 na 61ª reunião da Câmara de Saúde Suplementar (CAMSS), tornando-se públicos. Em 21 de setembro de 2010, foram feitas apresentações com atualizações das medidas tomadas em relatório entregue ao TCU e novamente apresentadas, em 20 de outubro de 2010, na 65ª reunião da CAMSS, prestando-se contas novamente e publicamente do andamento dos trabalhos. A CAMSS é órgão consultivo da ANS, composto por mais de 30 entidades representativas de toda a sociedade, inclusive órgãos de defesa do consumidor.
Entre as providências tomadas, estão:
1. Contratação de mais 89 servidores temporários para tratar o passivo existente pendente de análise e demais atos pertinentes ao fluxo de trabalho do ressarcimento ao SUS (a equipe continha apenas 30 pessoas, entre servidores efetivos e colaboradores de contratos de terceirização).
2. Padronização dos procedimentos de forma a consolidar, homogeneizar e padronizar entendimentos e rotinas em manuais, os quais serão anualmente reeditados para que estejam sempre atualizados frente à legislação vigente.
3. Reorganização de local e de estrutura com reforma e ampliação da área física e de arquivos.
4. Criação da Gerência-Geral de Ressarcimento ao SUS, na qual se inseriu a Gerência de Ressarcimento ao SUS e demais equipes do Arquivo, Protocolo, Análise de 1ª e 2a instância, Recolhimento e Sistemas. Apesar dessa melhoria da estrutura organizacional, a unidade do Ressarcimento ao SUS demandará ainda novas adequações para fazer frente às necessidades futuras do processo de ressarcimento.
5. Melhoria do parque de equipamentos de informática e dos sistemas de informação, de modo a simplificar e viabilizar as tarefas, aumentar o controle, a gestão e a produtividade do processo, além de reanálise e redimensionamento do sistema eletrônico em desenvolvimento.
6. Elaboração de nova metodologia para valoração do ressarcimento, com vistas à simplificação e transparência das cobranças e homogeneização de critérios.
7. Estudo preliminar do ressarcimento de autorizações de procedimentos ambulatoriais (Apac) para futura operacionalização.
8. Melhoria dos algoritmos de identificação de atendimentos passíveis de ressarcimento.
9. Consolidação e atualização de normativos.
10. Implementação do atendimento a operadoras de plano de saúde.
11. Organização dos processos de parcelamento e providências para o encaminhamento daqueles sem pagamento para a inscrição em Dívida Ativa.
12. Organização de arquivo e protocolo para tratamento do extenso volume de documentos.

Como consequência das ações implementadas, foram possíveis os seguintes resultados:
1. Retomada da rotina, a partir de maio de 2010, da identificação de beneficiários da saúde suplementar que utilizaram estruturas de atendimento do SUS, através do batimento de arquivos (registros) de internações do Datasus com o sistema de identificação de beneficiários da ANS, que estava interrompida há um ano e nove meses.
2. Enviados às operadoras de plano de saúde, a partir de junho de 2010, seis arquivos de beneficiários identificados (ABI) contendo o total de
235.733 Autorizações de Internações Hospitalares (AIH) feitas pelo SUS a beneficiários da saúde suplementar. O cálculo de necessidades foi feito com o objetivo de regularização do passivo identificado, em um prazo máximo de quatro anos.
3. Padronização dos procedimentos de forma a consolidar, homogeneizar e padronizar entendimentos e rotinas em manuais, os quais serão anualmente reeditados para que estejam sempre atualizados frente à legislação vigente.
Obs: Em 2006, o Ministério da Saúde promoveu a descentralização do processamento das AIHs para estados e municípios, o que acarretou dificuldades de consolidação das bases de dados até então enviadas rotineiramente à ANS. Isso afetou a rotina de batimentos dos arquivos entre Datasus e ANS.

BLOG DO HRBA com informações de Saúde Business Web

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Brasil: Programe-se para a HOSPITALAR 2011


O serviço online para solicitar sua credencial antecipada para a HOSPITALAR 2011 já está disponível. Fazendo o pedido, o visitante recebe a credencial no endereço informado, ganhando tempo para visitar o maior evento de saúde das Américas. A HOSPITALAR 2011 será realizada de 24 a 27 de maio, das 12h às 21h, no Expo Center Norte, em São Paulo. Vai reunir 1.250 empresas expositores, de mais de 30 países, que ocuparão 82.000 m2 de área de exposição.


Fonte: Hospitalar.com

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Brasil: Estudo mostra caso de transmissão da febre amarela na amamentação




SÃO PAULO - Um bebê de cinco semanas de idade, filho de uma mãe vacinada contra a febre amarela, teria contraído o vírus através da amamentação. É o que afirma um relatório do caso, publicado no jornal da Associação Médica do Canadá (CMAJ, na sigla em inglês). 'Até recentemente, evitar a vacina em mães que amamentam seus filhos era baseado apenas em fundamentos teóricos', escreveu a Dra. Susan Kuhh, junto com outros autores. A vacina contra a febre amarela é uma vacina do vírus vivo enfraquecido, que tem sido usada desde a década de 1940.
Caso. Quando a criança tinha dez dias de idade, a mãe recebeu vacinas preventivas - incluindo contra a febre amarela - para poder viajar para a Venezuela. A criança, que não foi vacinada, continuou a ser amamentada durante a semana em que estiveram no país.
Segundo os autores da pesquisa, com cinco semanas, o recém-nascido do sexo masculino foi levado ao hospital com um quadro de febre e irritabilidade que já durava dois dias e, no dia anterior a sua internação, foram notadas convulsões focais em lados alternados - foi diagnosticado, então, que a criança havia contraído o vírus da febre amarela.
Como o local em que permaneceram no país latino-americano não registra a doença como fator de risco, foi concluído que a explicação mais provável para o contágio teria sido a cepa da vacina transmitida por meio da amamentação. Outros fatores também seriam determinantes para a conclusão dos pesquisadores: a criança não apresentava sinal algum de picadas de insetos, não esteve em contato com pessoas doentes, esteve longe de animais no Canadá ou em outros lugares e não tem um histórico de infecções de herpes na família. Além disso, nenhuma vacina foi feita antes de os sintomas aparecerem.
O caso, ainda que não possa ser efetivamente comprovado, reforçaria - ainda segundo os autores do estudo - a recomendação para que mães em fase de amamentação evitem a vacina contra o vírus. Os pesquisadores sugerem que mulheres que eventualmente precisariam da vacina refaçam seus planos, a fim de reduzir o tempo de exposição em situações de risco e evitem uma possível transmissão da febre amarela ao filho.

Brasília: Saúde suspende recursos para municípios com irregularidades

O Ministério da Saúde suspendeu a transferência de recursos referentes aos programas Saúde da Família e Saúde Bucal para 280 municípios que não corrigiram irregularidades detectadas em auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU). A portaria foi publicada nesta segunda-feira, 7, no Diário Oficial da União.
Os recursos são repassados às equipes dos programas e a transferência fica suspensa até que as falhas sejam reparadas. De acordo com o Ministério da Saúde, esses problemas não se relacionam necessariamente a fraudes, mas a falhas cometidas pelas equipes, como a falta de documentos ou duplicidade de pagamentos.
Em 2008, a CGU fiscalizou 240 municípios e constatou que 90% das famílias recebiam visitas dos agentes comunitários de saúde. Nos casos em que foram identificados problemas graves, a Secretaria de Atenção à Saúde emitiu portarias suspendendo as transferências de recursos financeiros a esses municípios.
A cada sorteio da CGU, são selecionados 60 municípios para serem vistoriados. Foram promovidos 33 sorteios, até o momento. De acordo com a portaria publicada no Diário Oficial, a medida faz parte dos esforços do ministério no sentido de promover a transparência nos repasses de recursos para a atenção básica à saúde.
Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Brasil: I Reunião do Conselho da Saúde 2011


No último dia 26 de Janeiro de 2011, aconteceu em Brasília a I Reunião do Conselho Nacional de Saúde onde contou com a participação expressiva da grande maioria do Conselheiros de todo o país e representando várias entidades públicas e governamentais e o Ministro da Saúde Alexandre Padilha e seus assessores.
No ato da reunião foram feitas diversas reivindicações no que diz respeito a melhoria da Assistência a Saúde no Brasil, entre elas as mais citadas:



  • Acolhimento com qualidade nos serviços de saúde;
  • Aprimorar a política da Saúde da Mulher fazendo-se prevalecer que a mulher deve ser vista como um ser integral e não apenas como ser reprodutivo;
  • Capacitação contínua dos profissionais de saúde na Atenção a Saúde da Mulher;
  • Reestruturação da rede pública de saúde;
  • Priorização do acesso  as Unidades de Saúde ao  povo amazônico especialmente.
O objetivo de tal reunião foi reunir com os conselheiros para exposição de problemas situacionais em suas entidades ou mesmo Estado de origem, para que o atual Ministro da Saúde Alexandre Padilha possa colocar na pauta do Ministério da Saúde, as reivindicações e sugestões de melhoria e talvez até uma possível adequação as Políticas Públicas de Saúde e reestruturação do SUS.

Brasil: Estados podem receber prêmio por boa gestão do SUS


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, sinalizou no último dia 25 que pode adotar a política de premiar os estados e municípios que optarem por medidas que melhorem a gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e ampliar o atendimento à rede pública.
"Premiar quem faz mais e melhor para a população. Essa é a nossa estratégia em qualquer discussão de repasse para estados e municípios e na relação com o setor filantrópico", disse ele.
Desde que assumiu a pasta, Padilha tem declarado que uma de suas prioridades é aprimorar o funcionamento do SUS e de outros órgãos ligados à saúde. Seguindo orientação da presidenta Dilma Rousseff, o ministro tem conversado, por exemplo, com empresários para elaborar um plano de gestão para a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
Na semana passada, ele se reuniu com integrantes do Instituto de Desenvolvimento Gerencial, de consultoria em gestão empresarial, que fará um diagnóstico da Funasa. A estimativa é que o levantamento seja concluído dentro de um mês. O instituto vai analisar ainda o sistema de compras de remédios e equipamentos do ministério. Padilha teve encontro também com o empresário Jorge Gerdau.
Sobre a definição da diretoria da Funasa, alvo de atritos entre o PT e o PMDB, o ministro evitou falar da disputa partidária e reafirmou que seu compromisso é reorganizar a estatal para o cumprimento das metas estabelecidas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A fundação é responsável por levar saneamento básico a cidades com menos de 50 mil habitantes.
Em relação à regulamentação da Emenda Constitucional 29, que fixa percentuais de repasse da União, estados e municípios para a saúde, Padilha disse que cabe ao Congresso Nacional "garantir um financiamento estável para a saúde, independente do governo" e definir a fonte de recurso.

Fonte: Agência Brasil | Carolina Pimentel

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Brasil: Obesidade está relacionada a 30% dos casos de câncer


Levantamento divulgado pela Sociedade Americana do Câncer diz que um terço das mortes por câncer são relacionadas à obesidade. Considerada uma epidemia mundial, a obesidade é o segundo maior fator de risco evitável para o câncer, ficando atrás apenas do tabagismo.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), órgão vinculado ao Ministério da Saúde, a redução dos níveis de obesidade no País pode evitar 19% dos casos da doença. Para o especialista em cirurgia de obesidade, Roberto Rizzi, a prática de atividade física e uma alimentação saudável podem reduzir em 63% os tumores de boca, faringe e laringe. Além disso. o controle da obesidade pode fazer com que o câncer de mama tenha sua incidência reduzida em 30%.
Rizzi aconselha o consumo de frutas, fibras, verduras, legumes e peixes e deixar de lado alimentos ricos em açúcares e gorduras saturadas, como refrigerantes e alimentos industrializados.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que a obesidade já atinge mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, pelo menos 3,5 milhões de pessoas estão em estado de obesidade mórbida, ou seja, estão com pelo menos 40 quilos acima do peso corporal ideal.
Por conta do crescimento da obesidade, o Brasil tem registrado um aumento no número de cirurgias bariátricas, popularmente conhecida como redução do estômago, que é indicado no tratamento da obesidade mórbida. No ano de 2009 o Brasil realizou 30 mil cirurgias, um crescimento de 500% nos últimos 10 anos.

Homem x Mulher

A obesidade interfere de forma diferente em homens e mulheres no desenvolvimento do câncer. Segundo relatório Saúde Brasil, desenvolvido pelo Ministério da saúde, a obesidade responde por:

No sexo feminino
• 29% dos casos de câncer no útero.
• 26% dos casos de câncer de esôfago.
• 16% dos casos de câncer de rim.
• 14% dos casos de câncer de pâncreas.
• 14% dos casos de câncer de mama.
• 1% dos casos de câncer de colorretal (intestino grosso).

No sexo masculino
• 25% dos casos de câncer de pâncreas
• 20% dos casos de câncer de esôfago
• 10% dos casos de câncer de rim
• 8% dos casos de câncer de colorretal
Fonte: ASCOM-HRBA

sábado, 29 de janeiro de 2011

Brasil: Combate à AIDS terá foco no diagnóstico precoce


O diagnóstico precoce será o foco da ação do Ministério da Saúde no combate à Aids, disse na segunda-feira (24) o ministro Alexandre Padilha ao participar do Fórum ONGs de Aids de São Paulo. Ele lembrou que o tratamento com medicamentos antirretrovirais dão qualidade de vida ao portador do vírus HIV, principalmente quando o diagnóstico é feito cedo.
A questão do diagnóstico foi uma das principais demandas apresentadas pelo fórum. Segundo o presidente do Grupo Pela Vidda (Valorização, Integração e Dignidade do Doente de Aids), Mário Scheffer, essa medida pode ajudar a reduzir as cerca de 11 mil mortes anuais causadas pela doença, ainda que seja louvável o fato das medidas da área de saúde terem conseguido fazer com que esse número esteja estacionado no mesmo patamar há vários anos.
Em entrevista depois do encontro, Padilha ressaltou que haverá uma atenção especial aos grupos mais vulneráveis, como os usuários de crack. Esse enfrentamento deverá ser adicionado ao planejamento de combate à droga.
Jovens que não são atingidos pelas etapas iniciais das campanhas de prevenção são outra parcela da população que terá atenção especial. Para isso, o ministro destacou que a internet será de grande importância. "Você tem, hoje, por meio da internet, uma troca permanente de informações e de acesso também a situações que possam implicar em risco não só da Aids, mas de outras doenças sexualmente transmissíveis".
Os movimentos sociais também pediram ao ministro que seja garantido o fornecimento ininterrupto dos medicamentos antirretrovirais. Scheffer disse que, no final de 2009 e no início de 2010, faltaram remédios que dão qualidade de vida aos cerca de 200 mil portadores do HIV.
Padilha disse vai solicitar aos técnicos do ministério e à direção do Programa Nacional de DST/Aids para ter um diagnóstico claro de quais são os possíveis gargalos no fornecimento dos medicamentos. Ele cogitou, inclusive, a hipótese da formação de um estoque regulador que traga independência do Brasil em relação ao mercado internacional.
Segundo Scheffer, essa foi a primeira vez em que um ministro ouviu os movimentos sociais, independentemente da equipe técnica do governo que acompanha e desenvolve o programa de enfrentamento à Aids. "Isso para gente é uma novidade", elogiou.
Para Padilha, o combate à Aids é um exemplo de como os usuários do sistema de saúde podem ajudar a aprimorar o atendimento.
 Fonte: ASCOM-HRBA

Brasil: SP faz primeira cirurgia de próstata por acesso único da América Latina


O Centro de Referência em Saúde do Homem, unidade da Secretaria de Estado da Saúde na capital paulista, realizou com sucesso a primeira cirurgia da América Latina em que o paciente tem a próstata operada com apenas um pequeno furo feito abaixo do umbigo. Por este orifício entram um aparelho chamado de “single port” e uma câmera de vídeo para que o médico acompanhe o procedimento por um monitor de vídeo.
A cirurgia realizada por acesso único oferece mais conforto ao paciente por ser minimamente invasiva e muito mais rápida do que a convencional, em que o doente recebe cortes em todo abdômen. A internação dura apenas um dia e o processo pós-operatório é de apenas quatro dias, enquanto no método tradicional a pessoa precisa ficar internada durante uma semana e chega a permanecer em repouso por um mês.
A presença da tecnologia também traz otimização de recursos. Estima-se que, por receber alta no dia seguinte da operação, a contenção com hospitalidade e medicamentos seja de, aproximadamente, R$ 1,2 mil por pessoa tratada. Além disso, o paciente pode voltar à sua vida profissional mais cedo.
O “single port” foi utilizado pela primeira vez para tratar hiperplasia prostática (crescimento benigno da próstata) em um Hospital de Cleveland, cidade localizada em Ohio, nos Estados Unidos. A cirurgia demorou mais de cinco horas, seis vezes mais do que o tempo gasto em São Paulo.
“Seremos o primeiro centro em toda América Latina, com profissionais altamente treinados, a realizar rotineiramente esta cirurgia. É um avanço na medicina, principalmente para a rede pública de saúde, que vai trazer mais qualidade de vida aos pacientes”, destaca o médico chefe do serviço de urologia, Joaquim Claro.
O método é indicado para pacientes que estejam com a próstata muito dilatada chegando a pesar 100 g. No tamanho normal ela pesa entre 15 e 20 g.
 Fonte: ASCOM-HRBA

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Brasil: Atendimento para valorizar o ser humano é alternativa para pacientes sem possibilidades de cura

A última pesquisa do IBGE revela que o brasileiro está vivendo mais: 73 anos em média. Os avanços da medicina contribuíram significativamente para o "prolongamento da vida". Dois fatores devem ser observados neste sentido. O ser humano vive mais e, consequentemente, desenvolve mais doenças crônico-degenerativas e o exercício da medicina tornou-se essencialmente técnico. Por essas razões, a qualidade de vida do paciente deve ser observada em todos os aspectos e, quando não existem possibilidades terapêuticas de cura, o paciente pode ser encaminhado para um centro especializado em cuidados paliativos.


Fonte: Hospitalar

Brasil: Pró-Saúde é destaque nacional na busca pela Segurança e Qualidade nos Serviços de Saúde


A Pró-Saúde – Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, que administra várias instituições de saúde pelo Brasil há mais de 40 anos, dentre as quais os Hospitais Regionais de Santarém, Marabá e Altamira (PA) e implementa a gestão da qualidade nos hospitais alinhada aos requisitos de Acreditação da ONA – Organização Nacional de Acreditação, foi reconhecida pela Fundação Carlos Alberto Vanzolini, credenciada à ONA, como uma entidade que garante a organização dos processos internos, melhores condições de trabalho aos seus profissionais e principalmente, maior qualidade e segurança aos usuários dos hospitais que administra.
Em 2010, a Pró-Saúde conquistou a Acreditação para o Hospital Regional Público da Transamazônica, em Altamira (PA), Hospital Municipal de Araucária (PR), Hospital Dr. Luiz Camargo da Fonseca e Silva, em Cubatão (SP) e para o Hospital Estadual Central, em Vitória, capital do Espírito Santo.
               Para 2011, o Hospital Regional do Baixo Amazonas do Pará (Santarém) tem como meta obter o certificado de “Hospital Acreditado”.
Leia a matéria completa abaixo:

Atestado de saúde
Hospitais, como os do grupo Pró-Saúde, buscam, por meio do processo voluntário da Acreditação ONA, a qualidade da assistência, a segurança para os pacientes e profissionais e uma ferramenta de gestão para auxiliar nos processos de melhoria contínua.

O ambiente hospitalar normalmente está relacionado a incertezas e angústias. Primeiro porque, quando alguém o procura, em geral, é motivado por uma situação de desequilíbrio e está em busca de tratamento, por vezes emergencial.
Depois porque uma amostra significativa da população é leiga no tema “tratamento médico” e nesse momento fica totalmente “às escuras”, sendo obrigada a confiar sua própria saúde ou a saúde de familiares a profissionais que talvez nunca tenha visto antes.
Nesse contexto, a credibilidade das instituições e a segurança transmitida a pacientes e acompanhantes é fundamental, sendo inclusive capaz de interferir beneficamente na recuperação de doentes.
Ferramenta eficiente para garantir um modelo de qualidade para a gestão de hospitais, a acreditação ONA vem contribuindo nessa tarefa de oferecer serviços de saúde cada vez melhores à população. Muitos hospitais vêm, portanto, buscando a acreditação, que serve, entre outras coisas, para melhorar a gestão da organização, diminuindo erros, melhorando a atuação de toda a equipe por meio de treinamentos, refletindo-se até mesmo em questões como a dos cuidados com o lixo hospitalar – extremamente perigoso quando não manuseado corretamente.
O processo de acreditação – nome dado à certificação aplicada a organizações prestadoras de serviço de saúde – tem origem em uma entidade independente, a Organização Nacional de Acreditação (ONA). Constituída em 1999, seu objetivo geral é promover a implantação de um processo permanente de avaliação e de certificação da qualidade dos serviços de saúde, permitindo o aprimoramento contínuo da atenção, de forma a melhorar a qualidade da assistência, em todas as organizações prestadoras de serviços de saúde do país.
A Fundação Vanzolini, uma das primeiras entidades credenciadas pela ONA, desenvolve trabalhos no âmbito da acreditação e atividades correlatas, para várias organizações da área. Atualmente, está com uma atuação sólida com o Grupo Pró-Saúde, para o qual já conferiu acreditações a alguns hospitais.
Osnir Simonatto, coordenador de acreditação em serviços de saúde e auditor de sistemas ISO 9001, diz que a dedicação do grupo é intensa. “Eles estão trabalhando forte com a Fundação Vanzolini, vários hospitais deles estão em fase de diagnóstico e pré-auditoria de acreditação”, diz. Um deles é o Hospital Municipal de Araucária (HMA), que fica no Paraná e já está acreditado.  Danilo Oliveira da Silva, diretor geral do HMA, acredita que o grande diferencial conquistado foi a melhoria na assistência prestada ao paciente. “O hospital que participa do processo da ONA pode garantir que tem um sistema de gestão que visa minimizar os riscos da atividade, oferecendo atendimento mais seguro e de qualidade”, informa. 

A cura vem de dentro

Na outra ponta desse relacionamento, médicos e equipe hospitalar também saem ganhando quando o hospital se certifica. Há diferenças visíveis no comportamento das organizações prestadoras de serviço de saúde ao compararmos o momento atual ao período em que a acreditação ainda não estava disponível no mercado. Claudio Medeiros Santos, coordenador de projetos de acreditação da Pró-Saúde, explica essa questão. “Os profissionais envolvidos na prestação de serviços passam a atuar de forma diferenciada, com maior ênfase na segurança, em atividades críticas, com maior atenção e interesse nos resultados dos processos. Eles adquirem uma visão mais abrangente dos requisitos legais e, sobretudo, com base em métodos, práticas e em procedimentos reconhecidos e validados pela ciência da saúde”, afirma.
Essa experiência de mudança de paradigmas nos procedimentos foi vivenciada no Hospital Dr. Luiz Camargo da Fonseca e Silva, situado em Cubatão, no litoral paulista. A diretora administrativa, Andréia Maria Berto, participou de uma trajetória de mais de cinco anos, período em que a organização recebeu aporte em tecnologia e recursos humanos, saindo de uma estrutura básica, em termos de equipamentos e atendimento da equipe, para uma estrutura de excelente qualidade. A executiva esclarece que a conquista foi obtida aos poucos. “Nosso hospital há mais de cinco anos vinha buscando a certificação, por este motivo a qualidade foi inserida como um princípio forte culturamente, o que fez com que a melhoria ocorresse em doses homeopáticas. Há um ano o processo começou com força, realizamos muitas intervenções, o corpo funcional e médico atuou com mais afinco, a gestão foi incrementada e tivemos a possibilidade de ter a Fundação Vanzolini para nos dar um rumo na Visita de Diagnóstico”, detalha. “Com este rumo tivemos certeza da busca pelo resultado de que precisávamos... E, felizmente, conseguimos atingir o objetivo e fomos acreditados.”
Fonte: ASCOM-HRBA


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Brasil: UFRJ cria método para detecção de tuberculose


Nona causa de ingresso hospitalar e quarta em mortalidade por enfermidades infecciosas, a tuberculose vem aumentando no País. Para melhorar o diagnóstico da doença, a Coppe/UFRJ em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro desenvolveu o sistema Neural TB para diagnóstico precoce e acompanhamento da doença.
O projeto piloto tem apoio do Programa Nacional de Controle de Tuberculose do Ministério da Saúde e está sendo implantado em dez unidades de saúde do Rio e em outros cinco municípios. O programa roda em um netbook e consiste em um questionário minucioso que, preenchido, dará ao profissional de saúde a informação sobre a probabilidade do paciente ter tuberculose - e orientações para acompanhá-lo.
"Os métodos tradicionais de detecção ou são caros ou lentos. A baciloscopia é rápida, mas só acerta 60% dos casos. Já a cultura do escarro, que tem acerto superior a 80%, leva 40 dias", diz um dos responsáveis pelo sistema, José Manuel Seixas.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é um dos 22 países do mundo que concentram 80% dos casos de tuberculose.

Fonte: ASCOM-HRBA

Mundol: OMS alerta sobre impacto financeiro nos fundos para saúde


Várias organizações de saúde de alcance mundial sofreram grandes reduções em seus fundos, o que põe em risco os avanços na luta contra doenças como a pólio, a AIDS e a malária, afirmou a diretora geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan. As informações são da Agência Efe.  
A diretora alertou que, além de sua própria instituição, outras como o Fundo Mundial contra a AIDS, a Malária e a Tuberculose e a Aliança Gavi, entidade internacional dedicada à imunização, também tiveram redução nos seus orçamentos.
Ao inaugurar em Genebra o Conselho Executivo da OMS, órgão constituído por 34 países, Chan expressou sua preocupação pelo impacto da economia internacional nos progressos e inovações na luta contra doenças como a meningite, a tuberculose e a AIDS.
Segundo ela, os mosquiteiros (impregnados de inseticida para prevenir a malária) devem ser substituídos, o tratamento com antiretrovirais (para tratar a AIDS) deve ser bem administrado, o diagnóstico e o tratamento da tuberculose devem ser intensificados e cada bebê deve ser protegido através da vacinação.
Após reforçar a necessidade de persistir na luta contra essas e outras doenças, Chan reconheceu que a epidemia da gripe A, entre 2009 e 2010, criou uma situação de desconfiança na opinião pública sobre as vacinas.
Os laboratórios desenvolveram em um tempo recorde uma vacina contra o vírus AH1N1, o que gerou medo na população e em grande parte de países.
No entanto, de acordo com ela, o problema da desconfiança pública vai além das vacinas contra a gripe. Chan sustentou que essa é uma tendência que é preciso ser contornada porque "a percepção pública sobre a segurança de uma vacina pode ficar permanentemente alterada por temores sem fundamento.

Fonte: ASCOM-HRBA